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RDC 15 e o processamento dos materiais cirúrgicos no CME
Todas as normas vigentes no Brasil relacionadas ao processamento e esterilização de materiais médico-hospitalares seguem a RDC 15, estabelecida em 2012 pela ANVISA.
O regulamento orienta como os Centros de Material e Esterilização (CME) e outras empresas processadoras envolvidas devem trabalhar, visando a segurança do paciente e da equipe médica que utilizará os materiais, como enfermeiros, cirurgiões e técnicos.
A seguir, conheça a RDC 15/2012, como é o processo de limpeza e esterilização dos instrumentais.
O que é a RDC 15/2012?
A Regulação da Diretoria Colegiada é um regulamento elaborado pela ANVISA que estabelece as diretrizes fundamentais para o processamento de produtos da saúde em território nacional.
As normas estabelecidas nesta legislação, conhecidas como boas práticas, dividem o processamento de materiais em fases de limpeza, desinfecção e esterilização. Esse guia foi criado para que não haja uma contaminação cruzada entre os produtos sujos e os já higienizados.
Caso alguma das regras não seja seguida, o descumprimento é classificado como infração sanitária e pode acarretar em penalidades nos âmbitos civil, penal e administrativo.
Como os materiais devem ser processados?
Para o melhor entendimento e separação dos materiais no momento de seu processamento, a RDC 15 de 2012 classifica-os em três tipos: críticos, semicríticos e não críticos. Entenda cada um deles:
– Críticos: O Artigo 11 estabelece que os materiais críticos devem passar pelo processo completo de limpeza e de esterilização. Encaixam-se nessa categoria os produtos que entram em contato com a pele do paciente durante operações invasivas.
– Semicríticos: O Artigo 12 estabelece que os materiais semicríticos devem passar, no mínimo, pelo processo de desinfecção de alto nível. São considerados, nesse caso, produtos que entram em contato com a pele não íntegra.
– Não críticos: O Artigo 14 estabelece que os materiais não críticos devem passar, ao menos, pelo processo de limpeza rigorosa. Nessa categoria, encontram-se os produtos que entram em contato com a pele íntegra de um paciente ou que nem chegam a ter contato.
Para a higienização de materiais críticos, que passam obrigatoriamente por todas as etapas de limpeza e esterilização, é recomendada a utilização de máquinas ultrassônicas. Apenas elas são capazes de realizar uma limpeza minuciosa e detalhista o suficiente para garantir a segurança dos pacientes e equipe médica.
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As etapas de higienização e esterilização dos materiais médicos
Em relação às etapas realizadas durante o processamento dos produtos, a boa prática indica que o fluxo de materiais em uma CME deve ser feito da área contaminada para a área higienizada.
Ou seja, na primeira parte se encontram os produtos sujos que irão passar por todo o processamento até chegar a parte limpa, onde serão armazenados e aguardarão a sua distribuição.
Entre uma área e outra, são realizadas as seguintes etapas:
- – Limpeza;
- – Inspeção;
- – Acondicionamento e preparo;
- – Esterilização;
- – Armazenamento e distribuição.
Todas as etapas devem ser supervisionadas por um profissional especializado e que conheça a fundo os processos de higienização. Também é recomendado que todos os profissionais envolvidos nessa função utilizem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para garantir a segurança individual e coletiva.
A importância da água no processo de esterilização de materiais médicos
A água desempenha um papel fundamental no processo de esterilização de materiais médicos, sendo um dos elementos responsáveis pela lavagem minuciosa que os equipamentos necessitam. O elemento aparece em diversas etapas do processo estabelecido pela ANVISA:
Lavagem ultrassônica: realizada em materiais críticos, a água atua de forma a higienizar os produtos dentro da máquina. A cavitação é a grande responsável pela esterilização completa dos produtos. Esse processo químico é baseado em ondas sonoras de alta frequência que agitam a água e o solvente, formando milhões de bolhas que limpam e esterilizam os equipamentos de saúde.
Enxágue: de acordo com o Artigo 68, o enxágue deve ser realizado com água que atenda aos padrões estabelecidos. Em casos de materiais críticos, eles devem ser enxaguados com água purificada.
Vapor: de acordo com o Artigo 95, no processo de geração de vapor das autoclaves, a água deve estar de acordo com as normas estabelecidas pelo fabricante da autoclave.
Como monitorar a qualidade da água?
De acordo com o Artigo 74, a empresa responsável pelo processamento dos produtos de saúde deve monitorar e registrar a qualidade da água com periodicidade.
Por ser um dos principais agentes responsáveis pela higienização dos produtos hospitalares e farmacêuticos, a água deve estar sempre em bom estado e limpa. Para garantir essa norma, basta seguir algumas recomendações:
Monitoramento mensal: os profissionais especializados em qualidade da água recomendam a revisão mensal do componente. Essa análise deve levar em consideração o ph, o teor de cloro, a dureza da água e demais pontos críticos. A partir desse monitoramento, é possível traçar um plano de ações corretivas, caso elas sejam necessárias.
Revisão da base: é importante que a água de abastecimento seja prioridade durante a revisão. Afinal, os processos de higienização e esterilização utilizam desde água potável até a água purificada, e todas partem do local de abastecimento.
Limpeza do armazenamento: locais de armazenamento de água como caixas d’água e reservatórios devem ser limpos com frequência para que não haja um acúmulo de sujeira e uma consequente contaminação do componente.
Como pôde perceber, a RDC 15 é de extrema importância para garantir a segurança dos pacientes e equipes médicas dentro de ambientes hospitalares e farmacêuticos.
Através de processos detalhistas e que contam com a colaboração da água, os materiais médicos são esterilizados e limpos de forma segura e eficaz, visando a melhora da saúde pública no Brasil.
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